Murray superou o favorito Roger Federer e promoveu uma enorme festa na quadra
A festa britânica no All England Club foi completa. Na tarde deste domingo, o tenista da casa Andy Murray conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, promovendo uma enorme festa na quadra central que recebe o tradicional torneio de Wimbledon. Com autoridade, o escocês atropelou o número 1 do mundo, Roger Federer, por 3 sets a 0, parciais de 6/2, 6/1 e 6/4, e garantiu o Reino Unido no lugar mais alto do pódio, no tênis masculino, pela primeira vez desde 1908.
A vitória de Andy Murray transformou o cenário tradicional da quadra central do tradicional clube de tênis britânico. A euforia pelo resultado do tenista britânico, primeiro vencedor do país na modalidade desde Josiah Ritchie (o tênis ficou fora dos Jogos no período entre 1928 e 1984), se contrastou com o comportamento mais passivo do público nas decisões do terceiro Grand Slam do ano. Desde o princípio, os gritos de "Murray, Murray, Murray" tomaram conta da arena, tomada por diversas bandeiras do Reino Unido.
O resultado deste domingo, além de colocar Murray no lugar mais alto do pódio diante dos seus torcedores, registra uma marca inédita nos duelos entre os dois tenistas. Pela primeira vez na carreira, o britânico, em uma das atuações mais especiais da carreira, superou o suíço em um confronto de cinco sets. No duelo direto entre os dois, o escocês ainda assumiu a liderança com nove triunfos em 17 duelos.
De novo diante de Federer em uma decisão, na quadra central de Wimbledon, em um espaço de poucas semanas, Andy Murray iniciou a partida de maneira agressiva. Seguro no serviço, o britânico controlou o ritmo de Federer e rapidamente assumiu o comando do duelo. No sexto game, o britânico quebrou o serviço e abriu 4 a 2. O placar permitiu ao número 4 do mundo se soltar ainda mais em quadra, postura que resultou na vitória por 6 a 2, justamente no saque do suíço.
O placar avassalador do primeiro set mudou o comportamento dos dois tenistas dentro de quadra. Extremamente confiante, Murray aumentou a intensidade em seu jogo e se impôs diante de um passivo adversário. Rapidamente, o tenista britânico fechou cinco games consecutivos e se aproximou da vitória. Seguro no serviço, o atleta local esperou o game seguinte de saque para fazer 6 a 1 e se aproximar de uma vitória inédita na carreira.
A vantagem adquirida por Murray abateu Roger Federer dentro da quadra central de Wimbledon, justamente um local no qual o suíço possui algumas das lembranças mais gloriosas da carreira. O semblante conformado e a pouca movimentação em quadra no serviço do escocês impediram qualquer reação por parte do melhor tenista do ranking mundial.
Em contrapartida, enquanto Federer enfrentava grandes dificuldades para se motivar novamente em quadra, Murray pecava um pouco pela ansiedade de rapidamente fechar o jogo. Entretanto, com uma das atuações mais seguras da carreira, o britânico não repetiu outros duelos e fracassou no final. Merecidamente, o quarto atleta do ranking da ATP encaixou um ace no décimo game do terceiro set, fechou por 6 a 4 e consagrou mais um ouro para a Grã-Bretanha nos Jogos Olímpicos.
