segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Condicionamento físico específico no Tenis





Independente do esporte, do objetivo, da faixa etária e condicionamento físico, uma metodologia de treino de qualidade é o segredo do alcance de objetivos e metas traçadas.

E, especificamente, a formação de um condicionamento físico competente de atletas de base requer muito mais cuidado e atenção pedagógica.

O condicionamento físico de crianças e adolescentes: métodos de treinos eficazes são indispensáveis

Seja por questões psicológicas, físicas e sociais, os métodos de treino eficazes para jovens representam a referência da qualidade de formação física. Evidente que existem outros fatores importantes que contribuem para a formação de um grande atleta. Talento e apoio familiar são dos mais importantes.

A etapa dos 9/10 aos 18 anos é fundamental para ganhos de excelência em resistência, força, velocidade, flexibilidade e coordenação. É a fase mais sensitiva do treinamento físico. As adaptações são fantásticas neste período. O organismo reage de forma intensa a estímulos físicos de treino. Passada esta época, as adaptações se organizam de forma mais lenta e menos sensível. Quanto mais a idade avança, mais é preciso fazer para obter ganhos físicos específicos. Por isso o treino físico é necessário na base para o êxito de uma carreira vencedora. Só se forma um atleta com um programa de condicionamento físico sistematizado desde o início!

Os diversos caminhos do condicionamento físico específico de crianças e adolescentes

O treinamento de crianças e adolescentes deve seguir um protocolo rígido de treinamento. As cargas de treino devem ser cuidadosamente aplicadas! Da mesma maneira que há adaptações positivas, ocorrem também as negativas, com a sobrecarga do treinamento. Os caminhos do sucesso ou do insucesso se devem em muito aos métodos de treino. Quantos talentos se perdem por não terem um apoio de um treino físico inteligente.

Alguns erros mais comuns na prática esportiva de condicionamento físico no esporte:

  • Especialização precoce: carga intensa e mal direcionada, imitação do treino de adultos.
  • Excesso de treinos analíticos: conteúdo de exercícios voltados para a execução física descontextualizados da estratégia e técnica do jogo.
  • Excesso de competições: carga psicológica intensa, desgaste físico e emocional, pouco tempo de recuperação física.
  • Monotonia dos treinos: pouca diversificação dos treinos, mesmo conteúdo, falta de criatividade do treinador.
  • Cobrança de resultados e performance física: idealização de um corpo atlético inatingível, falta da individualização de treino, incompatibilidade entre a maturação física e psíquica e carga de treino.
De uma forma geral deve-se configurar o treinamento da preparação física de crianças e adolescentes nos seguintes aspectos:
  • Preservação da estrutura músculo esquelética: fortalecimento muscular e articular compatível com a maturação biológica.
  • Características dos conteúdos de treino físico com demandas técnicas , táticas e coordenativas: os estímulos devem englobar as características específicas de casa modalidade. O físico deve estar sempre contextualizado com as ações esportivas específicas.
  • A orientação da carga física de treino deve preservar a simetria de estímulos tanto de membros inferiores direito/esquerdo como superiores direito/esquerdo. A estrutura da coluna deve ser preservada bem como a musculatura responsável pela estabilidade das articulações.
  • As características dos treinos que exigem demandas físicas de sobrecarga articular devem ter um controle sistemático de ensino. Aprender o gesto biomecânico antes de se chegar a sua forma real de movimento é sempre importante!
O treinamento da preparação física de crianças e adolescentes deve se cercar da segurança e preservação da saúde do atleta. Fundamentalmente, o bom treino cria e desperta o gosto pela atividade física. Apesar de ser rígido e sistemático, o treinamento deve motivar e encorajar o atleta à busca de superação.

Características peculiares do treinamento físico específico de crianças e adolescentes no tênis

No tênis algumas características e peculiaridades são fundamentais para a estruturação e planejamento de uma preparação física adequada:

Exercícios coordenativos que estimulem a coordenação de membros direito e esquerdo (coordenação óculo manual).
Exercícios de força e velocidade que aprimorem a sinergia muscular funcional exigida no jogo. Utilização de movimentos naturais, para o ganho da força e velocidade.
Exercícios de resistência através de pequenos jogos que solicitem esta demanda. Muitas corridas podem ser substituídas por estes pequenos jogos.
Exercícios de flexibilidade: treinamentos de mobilidade articular em bolas suíças, exercícios de Pilates e treinamento funcional.
Quanto mais o treinamento físico for orientado para a execução da técnica nas demandas táticas do jogo, melhores resultados aparecerão. Toda ação física exigida, contextualizada na situação do jogo do tênis, oferece ao atleta um arsenal de rico aprendizado. Assim deve ser o ensino do tênis, mesmo em treinos considerados físicos.
É incompreensível a prática abusiva de treino de força na sala de musculação!
As capacidades físicas podem e devem serem estimuladas em situações reais das ações esportivas do jogo.
A preparação física específica do tênis é fundamental para a formação do atleta futuro, mas sempre contextualizada nas demandas do jogo e nas possibilidades individuais!

Como melhorar o seu condicionamento físico – as capacidades físicas e seu treinamento no tênis

A periodização do treinamento físico de base corresponde dos períodos de iniciação a especialização. Ela se situa entre as idades de 9/10 aos 17/18 anos. A metodologia de treino que precede esta etapa (5 aos 9 anos) tem uma outra abordagem e filosofia. Deve ser lúdica e priorizar as habilidades que exijam a coordenação motora geral.

Os treinos do período de base visam otimizar todas as capacidades físicas e motoras necessárias ao jogo de alto nível.

Atividades de condicionamento físico para o tênis – Treino de coordenação

Mais específicas do início do processo formativo: dos 10 aos 12 anos, a coordenação rege o treinamento. Uma prática motora variada em situações diversas de tomada de decisão caracterizam o uso destes exercícios:

Uso de bolas de diversos tamanhos e pesos
Corridas e passadas de diferentes maneiras e ritmos
Jogos utilizando as mãos com e sem raquetes

Quanto mais vai se aprimorando nesta capacidade, mais os movimentos são exigidos na forma do jogo e situações táticas.

Atividades de condicionamento físico – Treino de velocidade

As ações rápidas norteiam as características técnicas específicas do tênis. Desde o início deve -se estimular os movimentos nestes parâmetros. A intensidade e o volume de treino aumentam consideravelmente com a evolução dos anos de treino.

Sem perder a qualidade os exercícios de velocidade podem ser realizados em forma de jogo (pequenos jogos). Objetivam estimular mudanças rápidas de direção, golpes rápidos e corridas de aceleração.

Atividades de condicionamento físico – Treino de força

Os treinos de força podem e devem estimular a descarga de peso e alinhamento das articulações. O uso do próprio corpo, das alavancas favorecem e estimulam o uso da força em situações biomecânicas específicas. As características de simetria devem ser priorizadas. Características específicas do movimento como potência e força rápida podem ser trabalhadas e estimuladas de diversas maneiras:

uso de Medicine Ball
pequenos jogos que utilizem diversos tipos de salto
uso de elásticos, caneleiras

Os exercícios que demandam e solicitam ações de força devem estimular a ação da musculatura estabilizadora e postural. O treino funcional pode ser uma boa opção. Circuitos que estimulem a produção de força devem resgatar os estímulos necessários para o jogo.

Atividades de condicionamento físico – Treino de resistência

A capacidade de resistir, de aumentar a tolerância à fadiga são fundamentais para tolerar jogos de longa duração. Correr 10, 20, 40, 60 minutos? Acho que não é uma boa opção. Por que não estimular atividades que solicitem a resistência específica?

Volumes e intensidades de atividades podem muito bem estimular a resistência. Pequenos jogos que estimulem ideias e conceitos de jogos podem melhor retratar as ações do jogo. Quanto mais a tarefa for semelhante à ação do jogo, maior a transferência da condição física de resistir ao cansaço!

Atividades de condicionamento físico – Treino de flexibilidade

O tênis requer boa elasticidade muscular e mobilidade articular. A qualidade técnica da execução dos golpes prescinde de um controle motor fantástico. Sem uma base boa de exercícios de alongamento, os movimentos se tornam comprometidos. Sabemos o quanto é enfadonho usar de exercícios analíticos de alongamento. A criatividade do professor se torna fundamental no processo deste treino.

O treinamento da flexibilidade deve ser estimulado desde o início desta fase, valorizando a amplitude de movimento!

Técnicas de alongamento utilizadas no Pilates podem ser uma boa opção para garantir ao atleta um corpo flexível!

O conceito de um condicionamento físico específico valoriza e organiza um treinamento de alto nível.

O que é importante no condicionamento físico específico é a estruturação do treino baseado em princípios sólidos! A caracterização dos conteúdos e a utilização de métodos motivadores promovem o desenvolvimento das potencialidades físicas.

Respeitar as individualidades e a maturação física das crianças e adolescentes torna o treinamento eficaz!

O que desejo para todo o treinador é a coerência e o conhecimento na área da Educação Física! Sem o conhecimento do treinamento desportivo, os treinos se tornam repetitivos e descontextualizados!

O condicionamento físico de qualidade de crianças e adolescentes de qualidade faz toda a diferença na formação e saúde do atleta!

Achar uma fórmula pedagógica que valorize a motivação e a qualidade de estímulos é fundamental para o alcançar o sucesso

Escrito por Ciro Guerra


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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Importância do Overgrip no Tênis


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O overgrip é, na maioria dos casos, um item que é instalado acima do cushiongrip, em geral muito fino, apesar de a espessura sutilmente variar de modelo para modelo ou de marca para marca. Portanto, seu uso não altera muito sensivelmente a grossura do cabo, quando colocado mais esticado por exemplo. A escolha do overgrip adequado varia muito da necessidade e prioridade de cada tenista.

Podemos classificá-los em quatro famílias:

1- Apenas como complemento, a fim de evitar que o cushion estrague mais rápido (pois os overgrips, em geral, tem custo bem menor que um cushion);

2- Os que podem ser usados para maximizar o efeito de absorver o suor (no caso dos modelos que buscam máxima absorção, principalmente quando combinados com um cushion também absorvente como conhecemos na matéria anterior);

3- Para o caso de tenistas que buscam o máximo de aderência, pois existem modelos extremamente emborrachados e/ou com ranhuras que garantem melhor tração, como veremos a seguir e;
4 - Os overgrips para durabilidade.

É muito importante salientar, que o ideal é não deixar o overgrip tempo demais na raquete, pois ele tem uma vida útil limitada e muitos tenistas o mantém durante tempo demais, acabando com todos os benefícios que eles podem trazer. Não existe um tempo correto de troca, pois depende do grau de exigência do jogador, bem como da frequência de jogos semanais. Outro fato a ser lembrado é que não se deve usar vários grips um acima do outro, pois isso interfere no balanço e peso da raquete, além de acabar com o formato do cabo. É comum um par ou trio de raquetes aparentemente iguais estarem diferentes por conta disso.

Publicado em 14/11/13 e revisado em 30/10/19

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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Saiba mais sobre o Tênis para cadeirantes


O Tênis adaptado é praticado por portadores de deficiência motora, que impeça as pernas de se moverem, e amputados, com perca parcial ou total dos membros inferiores, ou sejam cadeirantes (o jeito digamos charmoso de se referir as pessoas que usam cadeira de rodas). O esporte é uma modalidade paraolímpica desde as Paraolimpíadas de Barcelona em 1996.

O Tênis adaptado, foi criado nos Estados Unidos durante a década de 70 por Jeff Minnenbraker e Brad Parks, é praticado na mesma quadra do Tênis convencional, se utilizando praticamente das mesmas regras, que tem apenas algumas diferenças e adaptações em relação as do Tênis comum.

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Diferenças nas regras.

A maior diferença entre as regras do Tênis comum, para as do adaptado, é o fato de a bola poder quicar duas vezes, antes de ser rebatida, inclusive no saque, sendo que a segunda quicada pode ser do lado de fora da quadra.

Quanto aos saques, eles podem ser feitos por outra pessoa, caso a deficiência do jogador o impeça disso, fora isso os jogadores não podem abandonar o assento de suas cadeiras de rodas (me pergunto como e ou pra que, eles fariam isso). Cadeiras estas que são adaptadas para terem mais equilíbrio e maior mobilidade.

Classificação

Como na grande maioria dos esportes paralímpicos, no ténis em cadeira de rodas os jogadores são classificados em duas categorias distintas, sendo elas:

  • Open – Atletas que têm limitações nas pernas mas estão ótimos nos braços;
  • Quad – Atletas que têm limitações nas pernas e também algum tipo de limitação no manuseamento do braço com que jogam.

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Como começou o Tênis sobre rodas.

Em 1976, Jeff Minnenbraker e Brad Parks adaptaram as primeiras cadeiras de rodas para o Tênis, em menos de um ano, na Califórnia, aconteceu o primeiro campeonato de Tênis adaptado da história, foi um verdadeiro sucesso.O esporte ficou popular rapidamente, tanto é, que em 1980 aconteceu o primeiro campeonato nacional da modalidade.

Em 1988 foi criada a Federação Internacional De Tênis Em Cadeira De Rodas (IWTF), neste mesmo ano o esporte participou dos Jogos de Seul, como exibição, em 1992 o esporte entrou oficialmente para a lista de esportes paraolímpicos valendo medalha e tudo mais.

NO BRASIL.

Quem trouxe o Tênis adaptado pro Brasil foi, José Carlos Moraes, isso aconteceu em 1985. José, conheceu o Tênis adaptado quando esteve na Inglaterra competindo pela seleção nacional de Basquete em cadeira de rodas, além disso, ele também participou, como tenista na delegação brasileira que representou o país nas Paraolimpíadas de 1996 em Atlanta.

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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Nível de prática pode determinar tipo de raquete no Tenis




A escolha da sua raquete no tenis deve ser feita em função das suas necessidades em jogo e também da sensação que você tem quando a pega. Além disso, muitos fatores devem ser considerados no processo de escolha de uma nova raquete, como marca, empunhadura e tamanho da cabeça. Todas essas informações, aliadas a grande variedade de modelos disponíveis no mercado, torna o processo de escolha bastante complicado.


A escolha da sua raquete pode ser feita em função do seu nível de prática. Conheça as dicas para escolher sua raquete de acordo com seu nível de jogo.

PRÁTICA OCASIONAL
Primeiro, você precisará de maneabilidade, quer dizer, uma raquete que tenha fácil manuseio.
Para facilitar seu jogo, você precisa de uma raquete de alumínio ou composto com uma cabeça grande, que tenha equilíbrio entre o cabo e cabeça, ou para facilitar ainda mais, peso para a cabeça.

PRÁTICA REGULAR
Você vai procurar por conforto.
Para melhorar seu jogo, você precisa de uma raquete de grafite, com equilíbrio entre cabeça e o cabo e com uma cabeça de 645 cm².
Se você procura maneabilidade, adquira uma raquete com peso entre 260 e 280g.
Se você procura potência, adquira uma raquete com peso entre 280 e 295g.

PRÁTICA INTENSIVA
Você procura potência e precisão.
Para melhor desempenho no seu jogo, você precisa de uma raquete em grafite. A raquete deve ser equilibrada e com a cabeça entre 630 e 645 cm². O peso da sua raquete deverá ser superior a 295g. Isso pode influenciar de acordo com a força no braço de cada jogador, quer dizer, se você é uma mulher ou um jovem, terá tendência à uma raquete mais leve, entre 270g e 285g mas com as mesmas características citadas anteriormente.

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quarta-feira, 10 de julho de 2019

Vamos jogar tênis na grama?



 
 


É preciso preparo físico.

Em uma quadra de grama, o físico é muito mais exigido que em outras superfícies. Você pode duvidar disso ao lembrar que Roger Federer e Rafael Nadal jogaram por mais de cinco horas na final de Wimbledon no ano passado e pareciam inteiros ao término da partida. Mas, levando em conta que atletas profissionais são praticamente super-homens, pode ter certeza de que para nós, simples mortais, esta é uma quadra que exige muito da parte física.

O simples fato de a grama ser uma superfície mais fofa já explicaria o cansaço sentido nas pernas após algum tempo de exercício. Levando o exemplo para situações normais, basta pensar sobre o que lhe deixa mais cansado: uma caminhada em asfalto ou andar na praia? É exatamente esta a comparação entre quadras de grama com as de saibro ou de cimento. Com as pernas cansadas, cada vez menos você consegue chegar bem para bater as bolas. Consequentemente, cada vez menos está em posição ideal para realizar os golpes. E, como resultado, acaba errando bolas bobas devido ao desgaste físico e o quique irregular.

Porém, há ainda um outro fator para agravar seu cansaço físico. E, quem sofre com isso são os seus joelhos e suas costas: a bola quica baixo. Quando ela chega a você, ali, no fundo da quadra, já está muito baixa, bem próxima ao chão. A única alternativa? Dobrar bem os joelhos e pegar esta bola o mais alto que conseguir. Difícil? Muito! Cansativo? Muito mais! Uma vez ou outra, vale como experiência. Mas jogar constantemente na grama? Só estando muito bem preparado.

Confira mais 10 dicas para jogar na grama:

  1. Bola certa: a bola não consegue quicar direito na grama sintética, então, bolas comuns são inapropriadas. Você deverá comprar uma bola mais leve para jogar tênis na grama, pois isto diminui um pouco a dificuldade.
  2. Físico: é fundamental que você melhore seu físico, pois assim você evitará problemas no joelho ou nas costas. Isso porque terá que abaixar sempre para bater na bola, pois ela quica baixo. Se você está mal fisicamente, não aguentará mais do que um set em uma grama.
  3. Fique mais perto da bola e atento: é sempre bom ficar atento e mais próximo da bola para golpeá-la, devido às irregularidades do quique. Então, fique atrás dela sempre que for possível. Assim você diminui a chance de um quique errado, impedindo que você a alcance. Estando perto da bola a chance de ajustar a batida é maior.
  4. Jogar dentro da quadra: se você é acostumado a estar a alguns metros para trás da linha de base, pode ir se preparando para jogar dentro da quadra ou o mais perto possível. Isso porque quanto mais próximo você ficar, menos você será surpreendido.
  5. Antecipação: não fique esperando que a bola chegue até você, vá em direção dela! Isso faz com que você bata na subida e, além disso, você não vai ter que mudar a posição após um desvio da bola na grama.
  6. Slices: você não tem o costume de treinar slice e tem um jogo baseado em spins? Para um jogo de tênis na grama, os slices se tornam essenciais. Com a bola baixa é mais seguro fatiá-la do que tentar um topspin. Então um slice bem feito faz com que a bola "morra" na quadra do seu adversário e isso fará com que ele ajoelhe para responder e dê menos ângulo ao golpe de contra-ataque. Sem contar que bolas baixas, em um backhand de duas mãos, causam grandes estragos.
  7. Saques: aplique um saque slice, que será quase fatal. Com a bola baixa e longe da quadra você deixa o seu oponente com o mínimo de ângulo para passar a bola do outro lado da rede. Surpreenda também com saques quique, afinal, nunca se sabe como a bola tocará a quadra adversária. Outro tipo é o saque no corpo, com qualquer efeito, pois são muito proveitosos devido ao seu quique irregular.
  8. Curtinhas: o quique baixo, se somado a um bom golpe, faz com que sua curtinha seja fatal. Mas aplicar uma deixadinha é bem difícil nessa quadra, pois dominar a jogada se torna complicado.
  9. Rede: suba à rede. Na rede você vai ficar nas mesmas condições que da quadra. A bola não pinga e você voleia com mais tranquilidade.
  10. Movimento encurtado: como o tempo é curto, os swings longos são temerários. Encurte o swing deixando a empunhadura mais próxima, se conseguir, da Continental e antecipe. Será eficaz bloquear algumas vezes do que bater realmente nas bolas com spin.


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quarta-feira, 8 de maio de 2019

Caminho para o alto nível no Tenis é longo




Segundo a ITF (sigla de Federação Internacional de Tênis, em inglês), são precisos de sete a dez anos de treinamento sistemático para que o tenista comece a se desempenhar em alto nível. Os primeiros ensinamentos podem ser passados quando a criança tiver de seis a oito anos, mas permitindo que ela participe de diversas atividades – inclusive dança para trabalhar ritmo –, desenvolva-se e divirta-se. Há a necessidade de não mais do que duas horas e meia por semana de trabalhos físicos e uma hora e meia de atividades táticas (manter a bola em jogo, por exemplo).

Com nove ou dez anos a ITF já recomenda que os futuros tenistas compitam de fato, ainda que no próprio clube. É nessa fase em que se faz para a criança a introdução das estratégias de jogo. Também nela a criança começa a entender o que significam vitórias e derrotas, e os resultados devem ser colocados sob uma perspectiva saudável.

De 11 a 12 anos, quando a coordenação motora e a habilidade já estão bem encaminhadas e se desenvolvem estilo de ataque e estratégia, o foco deve estar em aprender e jogar bem, não exatamente em vencer, embora já se recomende competir regionalmente e nacionalmente, preferencialmente no saibro. 

É recomendado que mulheres deem início a um treinamento que valorize o desempenho quando tiverem de 12 a 14 anos; os homens, 13 ou 14 anos. Em média as mulheres atingem um nível top de desempenho entre os 16 e os 19 anos; os homens, de 18 a 21 anos.

Jogar tênis exige do atleta habilidades motoras, cognitivas e emocionais. É fato que crianças em desenvolvimento podem aproveitar ao máximo a aprendizagem e direcionar suas funções apreendidas para o esporte.

Mas a vida de treinos é dura e arriscada. Se a criança não aprendeu a cair, por exemplo, pode ser complicado fazer com que ela se mova rapidamente em uma quadra. E isso exige superação constante para os pais e, principalmente, para as crianças.

Escolher bem os equipamentos para essa batalha é importante. É necessário verificar quais raquetes e quais bolas de tênis estão adequadas à idade e à movimentação das crianças para que não haja lesões e antecipação de fases.

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quinta-feira, 21 de março de 2019

10 correções para Saque e Smash no Tenis



 


No tênis, o serviço ou saque é o lançamento da bola para iniciar um ponto. Geralmente é feito lançando a bola no ar, e então atingindo-na com a raquete

Já o smash é um golpe que é realizado sobre a cabeça com um movimento similar ao saque, com a diferença que o jogo está em andamento.

Geralmente o smash, é seguido de uma rebatida que a bola vai alta, fazendo com que o impulso causado pelo tenista, ao entrar em contato, siga-se de uma força maior pelo empuxo de cima para baixo feito pela raquete. E este golpe serve para finalizar uma jogada.

Acesse o blog de Educação Física

Vamos ver abaixo 10 correções para uma melhor execução desses dois golpes no tenis:

1. Fique de lado no smash – Para acabar com lobs, você tem que afastar rapidamente, e a melhor maneira de faze-lo é imediatamente ficar de lado com a mão oposta da raquete apontando para cima enquanto a bola sobe. Depois disso, vá para trás usando passos cruzados. Ficando de lado também ajuda você a girar o quadril e os ombros, que proporciona mais força no smash.

2. Pare o pé da frente – Se você costuma fazer foot fault ao deslizar o pé da frente no saque, aqui está a solução: coloque 3 bolas juntas bem atrás da linha de fundo. Prepare o saque, posicionando o seu pé da frente atrás da bola do meio. Tente acertar 20 saques sem o seu pé da frente mexer as bolas. Para manter o seu pé da frente sem mexer, pressione os dedos do seu pé com força no chão.

3. Dê ritmo ao seu saque – Consiga um timing melhor no seu saque contando até três. Diga "um" na armação do saque, "dois" no contato e "três" na terminação.

4. Pratique o saque em diferentes distâncias – Quando você está nervoso ou está ventando muito, é muito comum os jogadores terem problemas para controlar a profundidade do saque. Você pode praticar a profundidade do seu saque ao sacar de diferentes lugares na quadra. Tente sacar de 1m dentro da quadra e 1m fora da quadra para dominar as diferentes profundidades.

5. Mude a sua posição – Você pode colocar um pouco de variação no seu saque simplesmente ao alterar a sua posição na linha de fundo para criar diferentes ângulos. O mesmo saque executado perto do centro é muito diferente do saque executado 2m em direção ao corredor.

6. Cabeçada – Para aprender a se colocar da maneira correta para o smash, treine deixar a bola pingar na sua cabeça ao invés de golpear a bola no smash. Isto vai forçar você a ficar bem debaixo da bola para o smash. Uma variação é pegar a bola com o braço oposto ao da raquete estendido.

7. Encare o alambrado – Para bater um saque com top spin é necessário que você bata para cima e para "fora". Para aprender, entre na quadra e fique aproximadamente 1,7m do alambrado de fundo e treine sacar por cima do alambrado, escovando a bola de baixo para cima.

8. Alcance as estrelas – Quando você não estiver sacando bem, pode ser que você perca a confiança e comece a lançar a bola abaixo do ponto de contato ideal. Isto só piora as coisas. Quando você perder a confiança no saque, force o braço que lança a bola a se estender ao máximo antes de soltar a bola. Então, alcance as estrelas e golpeie a bola antes que ela caia.

9. Mantenha uma empunhadura relaxada – Muitos jogadores seguram a raquete no saque com muita força. Que força é necessária? Numa escala de 1 a 5, com 1 sendo solto e 5 sendo muito apertado, 2 é o correto. Ou pense desta maneira: Vamos fazer de conta que você tem um passarinho na mão. Você quer segurá-lo para que ele não escape, mas não muito apertado para não machuca-lo.

10. Do dedão para os ossinhos – A rotação do ante-braço é a chave para colocar potência no seu saque e no seu smash. Para aprender este movimento, prepare na clássica posição do smash com a raquete para cima atrás da cabeça. Desta posição, você deveria ver o dedão na mão da raquete. Depois que você rotacionar seu ante-braço, você vai ver os ossinhos da mão. Quanto mais rápida esta rotação, maior vai ser a velocidade da cabeça da raquete e o spin.


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terça-feira, 12 de março de 2019

Capacidades Físicas dos Tenistas


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Um tenista deve ser bem preparado fisicamente e possuir uma técnica segura para evitar lesões. Sabe-se que um desequilíbrio muscular, uma má postura, mecânica incorreta de movimentos e limitações de amplitude de movimentos articulares podem levar a uma lesão.

Devemos sempre levar em conta o material adequado a ser usado pelo atleta,pois um tênis ou uma raquete não adequados e adaptados ao praticante de tênis pode agravar,ou até mesmo ocasionar lesões que refletirá em dor,limitação de movimentos cansaço físico tanto na preparação física quanto no treino técnico/tático. Como o tênis é um esporte de mais explosão, os músculos devem ser preparados através de contrações isocinéticas onde a tensão desenvolvida pelo músculo ao encurtar-se, é realizado com a máxima velocidade em todos os ângulos articulares. O tênis é uma atividade onde os exercícios gerais e dinâmicos são mais utilizados. Geral porque mantém em ação com realização de vários movimentos e de vários grupos musculares, e dinâmicos porque requer constantes deslocamentos e maior suporte de oxigênio.


CAPACIDADES FÍSICAS NO TÊNIS

1. RESISTÊNCIA- Capacidade para manter um esforço prolongado sem diminuição apreciável da performance.

1.2. RESISTÊNCIA AERÓBICA- Capacidade de resistir à fadiga nos esforços de longa duração e intensidade moderada. É um trabalho que se realiza com suficiente quantidade de oxigênio. Após alguns minutos de carga, estabelece-se um equilíbrio entre consumo e a liberação de energia (STEADY STATE), podendo o trabalho ser executado durante longo tempo. Apesar de um atleta de tênis usar predominantemente a resistência anaeróbica, deve-se trabalhar numa preparação física básica,a resistência aeróbica para uma melhora cardiorrespiratória, enfim,um jogo tem uma duração longa.

1.3. RESISTÊNCIA ANAERÓBICA- Capacidade de realizar um trabalho de intensidade máxima ou submáxima, com insuficiente quantidade de oxigênio durante um período de tempo curto. Ocorre grande débito de oxigênio e com isso há formação de grande quantidade de ácido láctico. A resistência anaeróbica é de uso predominante no esporte de tênis, pois são jogadas e golpes com grande intensidade,e executadas de forma rápida,incluindo o deslocamento lateral e ântero-posterior do atleta que deve ser feito de forma explosiva (arranque). Faz parte da preparação física específica, junto com o treino de agilidade e velocidade. O preparo consiste na repetição de distâncias curtas com relativa ou grande velocidade, intercaladas com pausas de recuperação. Na pausa está o estímulo para a hipertrofia do coração, por isso deve-se fazer muitas pausas vantajosas,não podem ser longas,não superiores a 90 segundos.

2. COORDENAÇÃO- É uma complexa característica de rendimento que está subordinada ao Sistema Nervoso Central, tendo os músculos como órgãos executantes. De um modo geral,falamos que um movimento é coordenado quando a meta for alcançada com maior economia possível e com uma leveza subjetiva. Isso quer dizer que os movimentos são "soltos", racionais, livres e com estilo.

2.1 COORDENAÇÃO FINA- É a forma fina de um movimento.Este é executado de forma econômica e contém uma leveza subjetiva,embora permita melhoras.Por exemplo: quando um atleta bem treinado domina uma técnica.

2.2 COORDENAÇÃO FINÍSSIMA- Esta é a execução ótima,muito precisa,altamente econômica e bem dominada.Vemos isso em atletas de categoria mundial bem treinados. Um aperfeiçoamento da coordenação é alcançado através do exercício da seqüência do movimento. Como resultado apresenta-se uma economia no dispêndio energético para um determinado desempenho e conseqüentemente um decréscimo da demanda de oxigênio e do grau de fadiga. Simultaneamente o melhor rendimento do movimento reduz o perigo de lesões. Muito disto se deve ao fato de que um movimento coordenado permite que este seja mais perfeito, fazendo com que não sobrecarregue os músculos e adéqüe o sinergismo do movimento. Assim, não colaboram músculos indevidos ao movimento desejado, direcionando o vetor da contração e poupando energia. Pela perfeita cinética do movimento é atribuída uma diminuição do atrito articular. A meta final do aperfeiçoamento de coordenação ambicionado deverá ser o aprimoramento do estereótipo dinâmico-motor em um nível de desempenho. Quando realizamos atividades que exijam elevado grau de solicitação do Sistema Nervoso Central, temos os conceitos de habilidade e destreza. Assim, tanto a habilidade como a destreza são graus exponenciais da coordenação.

3.DESTREZA E HABILIDADE MOTORA- Na sua complexidade, estas características produzem um alto grau de coordenação, uma vez que encontramos fatores neurofisiológicos e sensoriais ligados a características motoras do movimento. Assim fica claramente evidenciado o valor dessas qualidades como fator de rendimento, principalmente nos esportes em que se exige um alto nível de coordenação e concentração.

3.1 HABILIDADE ESPECIAL - Capacidade de executar movimentos com alto grau de coordenação no decorrer de uma atividade esportiva.

3.2 DESTREZA - Consiste na capacidade de dominar movimentos complicados,aprender rapidamente novas técnicas e adaptar-se à situações variadas.tem grande importância para o domínio técnico e para aprendizagem motora. Capacita um desportista a dominar movimentos complicados, e a aprender movimentos novos num menor tempo. Possibilita um poder de adaptação, de orientação, de percepção espacial, de tempo de movimentos, capacidade de transferir movimentos, poder de equilíbrio, precisão, ritmo, etc.

Retirei daqui

Publicado em 17/07/13 e revisado em 12/03/19

DICAS PARA PROFISSIONAIS:

TÊNIS CAMPEÃO: 200 EXERCÍCIOS DESCRITOS EM VÍDEOS PARA TREINO
Manual para Professor de Tênis de Quadra

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Características físicas do Tênis de Quadra


 


O tênis é um esporte baseado na imprevisibilidade. A imprevisibilidade da duração do ponto, seleção do golpe, estratégia, tempo de jogo, clima e o oponente influenciam as demandas fisiológicas da modalidade. O planejamento e orientação para o treinamento do tênis exigem o entendimento das variáveis fisiológicas determinantes da performance durante a partida.


Ele é composto de diversas ações que exigem energia de forma explosiva repetida dezenas, se não centenas de vezes durante o jogo. Ao contrário de outros esportes, o tênis não tem tempo limite para o seu término. Isso resulta na ocorrência de jogos que duram menos de uma hora e outros que duram mais de 5 horas. Portanto, essas variações requerem que o tenista de sucesso seja altamente treinado anaerobiamente para a realização das atividades durante o jogo e aerobiamente para melhorar a recuperação durante e após as partidas.

O tênis tem sido descrito como um jogo de emergências contínuas, pois com todas as batidas do oponente a bola pode ter velocidades diferentes, diferentes tipos de efeitos e ser colocada em vários locais da quadra. Essas complexidades requerem que o tenista tenha tempo de reação rápido e velocidade explosiva para o primeiro passo. Esses atletas necessitam ter deslocamento excepcional de direção linear, lateral e em movimentos multidirecionais. É importante treinar os tenistas em padrões de movimento específicos que são realizados durante os jogos. Se os princípios de especificidade são usados para delinear programas de treinamento seria sensato treinar os tenistas usando atividades de sprint que não seriam mais longas que a distância percorrida em cada golpe durante o ponto. O ideal seria, então, a realização de sprints de não mais que 20 metros em sessões de treinamento.

É de suma importância que a velocidade, rigidez de membros inferiores, potência explosiva e força muscular sejam monitoradas regularmente durante a puberdade, pois o treinador pode modificar o programa para compensar esses desequilíbrios. Isso poderia ainda minimizar os riscos de lesões durante essa fase de maturação física, período de importante evolução do atleta.

A prescrição de atividades para o treinamento específico de tenistas deve levar em consideração aspectos como a duração das partidas, o tempo de bola em jogo, intensidade das ações específicas e respostas fisiológicas e perceptivas em determinadas situações tanto de jogo quanto de intervalo. Valências físicas como a força devem ser otimizadas para a melhora da performance com o retardo da fadiga e provável redução do risco de lesões.

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