Características físicas do Tênis de Quadra





 


O tênis é um esporte baseado na imprevisibilidade. A imprevisibilidade da duração do ponto, seleção do golpe, estratégia, tempo de jogo, clima e o oponente influenciam as demandas fisiológicas da modalidade. O planejamento e orientação para o treinamento do tênis exigem o entendimento das variáveis fisiológicas determinantes da performance durante a partida.


Ele é composto de diversas ações que exigem energia de forma explosiva repetida dezenas, se não centenas de vezes durante o jogo. Ao contrário de outros esportes, o tênis não tem tempo limite para o seu término. Isso resulta na ocorrência de jogos que duram menos de uma hora e outros que duram mais de 5 horas. Portanto, essas variações requerem que o tenista de sucesso seja altamente treinado anaerobiamente para a realização das atividades durante o jogo e aerobiamente para melhorar a recuperação durante e após as partidas.

O tênis tem sido descrito como um jogo de emergências contínuas, pois com todas as batidas do oponente a bola pode ter velocidades diferentes, diferentes tipos de efeitos e ser colocada em vários locais da quadra. Essas complexidades requerem que o tenista tenha tempo de reação rápido e velocidade explosiva para o primeiro passo. Esses atletas necessitam ter deslocamento excepcional de direção linear, lateral e em movimentos multidirecionais. É importante treinar os tenistas em padrões de movimento específicos que são realizados durante os jogos. Se os princípios de especificidade são usados para delinear programas de treinamento seria sensato treinar os tenistas usando atividades de sprint que não seriam mais longas que a distância percorrida em cada golpe durante o ponto. O ideal seria, então, a realização de sprints de não mais que 20 metros em sessões de treinamento.

É de suma importância que a velocidade, rigidez de membros inferiores, potência explosiva e força muscular sejam monitoradas regularmente durante a puberdade, pois o treinador pode modificar o programa para compensar esses desequilíbrios. Isso poderia ainda minimizar os riscos de lesões durante essa fase de maturação física, período de importante evolução do atleta.

A prescrição de atividades para o treinamento específico de tenistas deve levar em consideração aspectos como a duração das partidas, o tempo de bola em jogo, intensidade das ações específicas e respostas fisiológicas e perceptivas em determinadas situações tanto de jogo quanto de intervalo. Valências físicas como a força devem ser otimizadas para a melhora da performance com o retardo da fadiga e provável redução do risco de lesões.



DICAS PARA PROFISSIONAIS:

TÊNIS CAMPEÃO: 200 EXERCÍCIOS DESCRITOS EM VÍDEOS PARA TREINO
Manual para Professor de Tênis de Quadra

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