Grigor Dimitrov, o "Baby Federer", chegou para ficar






Apontado há anos como a futura estrela do tênis mundial, o jovem búlgaro Grigor Dimitrov parece ter finalmente alçado voo, ao derrotar o número 1 do mundo Novak Djokovic terça-feira pelo Masters 1000 de Madri.

Ele até demorou, mas o garoto chamado de "Baby Federer" e "Federer búlgaro", por causa do estilo e elegância em quadra que lembram Roger Federer, parece finalmente ter chegad à maturidade, e o céu é o limite.

A uma semana de seu 22º aniversário, Dimitrov, número 28 do mundo, realizou a maior façanha de sua carreira ao derrotar Djokovic por 7-6 (8/6), 6-7 (8/10), 6-3, numa partida duríssima com dois tie-breaks na qual o búlgaro chegou a sofrer com cãibras.

Há três semanas, o menino de Haskovo já havia ameaçado outro monstro sagrado do esporte. Em Monte Carlo, ele assustou Rafael Nadal, o 'Rei do Saibro' vencendo um set num torneio onde raras vezes o campeão espanhol encontrou dificuldades na carreira.

Nadal, na ocasião, reverenciou o jovem adversário, que disse ter um "talento magnífico". "Grigor Dimitrov é o presente e o futuro do tênis", elogiou o heptacampeão de Roland-Garros.

O búlgaro apareceu no circuito da ATP pela primeira vez em 2009, quando venceu um set contra Nadal em Rotterdã. Ele só tinha 17 anos na época. Com a façanha, o talento do ex-número 3 mundial de juniores ficou evidente.

No entanto, o menino-prodígio, filho de um professor de tênis e fã de Pete Sampras, demorou para se impôr no circuito após sua entrada no Top 100 em janeiro de 2011.

Comparado incessantemente a Federer, ele sentiu o peso das expectativas e levou dois anos para chegar entre os 50 melhores do ranking da ATP, em novembro de 2012. Nesse período, ele virou notícia mais pelos supostos romances com Serena Williams e Maria Sharapova do que pelos resultados em quadra.

Em busca de algo mais, ele deixou em dezembro de 2012 o treinador francês Patrick Mouratoglou, que o revelou, para se juntar à "Good to Great Tennis Academy" na Suécia, comandada por três ex-jogadores, Magnus Norman, Nicklas Kulti e Mikael Tillstrom.

Lá, Dimitrov trabalhou muito e aprimorou seu físico, até então seu ponto fraco, para não depender somente de seu braço mágico. "Eu treino muito duro todos os dias, não importa se tenho uma partida ou não", explicou na terça-feira.

"O objetivo é aprimorar a resistência na quadra, para que eu possa utilizar mais eficientemente meu jogo", completou o búlgaro, que tem tudo para brilhar no esporte e na mídia.

Comportado e cercado de pessoas sérias, Dimitrov mantém os pés no chão. "Eu sei que foi uma grande vitória, mas o fato é que não ganhei nada ainda", disse o búlgaro após a partida.

Se continuar nesse ritmo, Dimitrov não sairá mais dos holofotes. "Ele já está jogando como um Top 10 e acredito que já estará entre eles até dezembro", prevê Mouratoglou.





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