A importância do técnico no trabalho mental com tenistas juvenis





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A importância da psicologia no esporte é cada vez mais notória. Grandes campeões, nas diversas modalidades, vêm ressaltando o quanto manter-se focado durante todo o jogo é fundamental para a vitória. O tênis de campo, além de ser um esporte individual, não permite a comunicação entre o técnico e seu atleta durante as partidas. Dessa forma, o tenista está só com seus pensamentos dentro da quadra – especialmente hoje que ocorrem "batalhas" de mais de três horas de jogo – o que exige uma grande força mental por parte dos atletas para superar o adversário, o desgaste físico e o psicológico.

Portanto, um bom preparo mental, que é a tentativa de influenciar os   pensamentos e as representações mentais dos atletas objetivando a melhoria de sua performance – se torna fundamental para que se consiga ultrapassar esses obstáculos. Nesse contexto, é primordial o papel do técnico para fazer o atleta acreditar na importância do trabalho mental e iniciá-lo desde as categorias de base.

Em esportes individuais como o tênis, jogadores e técnicos, sobretudo quando o nível da competição é maior, passam muitas horas diárias em contato, o que configura naturalmente uma grande troca e grandes possibilidades para o técnico influenciar seu atleta.

Portanto, considera-se importante verificar qual a relevância do técnico e como ele trabalha a parte mental dos tenistas, sob o ponto de vista dos atletas juvenis, jogadores entre 16 e 18 anos. Infelizmente no Brasil, nessa fase de transição para o profissional, o que se verifica hoje é que o treino psicológico é pouco ou nada realizado com esses tenistas em formação, muitas vezes pela falta de domínio do assunto por parte dos técnicos.

Dessa forma, e considerando que na atualidade o tênis de campo é um dos esportes que mais atraem praticantes e espectadores, patrocínios e mídia, se os responsáveis pela modalidade no país quiserem fazer avançar solidamente as posições dos brasileiros nas competições internacionais, ganhando destaque para além de um grande jogador (como foi o Guga), é necessário que tanto os dirigentes quanto os técnicos e atletas entendam que o treino psicológico deve fazer parte da rotina de treinamentos de um atleta vencedor, assim como já fazem os treinos físicos, os técnicos e os táticos. Nesses últimos quesitos, aliás, em âmbito mundial, os atletas atualmente se assemelham muito. Assim, cada vez mais se admite que, no contexto da alta competição no meio tenístico, a parte psicológica pode ser decisiva. 

Daniel Moraes
Contato: moraes@audaxae.com.br





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