"Ajudei a mostrar que o tenista é uma pessoa comum”, diz Guga







Gustavo Kuerten sempre foi uma pessoa emotiva e isso ficou evidente em várias de suas conquistas, como quando se tornou número um do mundo, ao vencer Andre Agassi na final do Masters Cup da Corrida dos Campeões, em 2000, e dedicar o efeito à sua mãe, Alice. Nesta quinta-feira, após receber a nomeação para o Hall da Fama do tênis Internacional, ele se emocionou diversas vezes ao ver cenas de sua carreira, mas também ficou orgulhoso do papel que ele acredita ter exercido no tênis.

"Talvez o meu maior êxito em toda a minha carreira tenha sido trazer o tênis para uma esfera mais popular, em ter transformado um esporte considerado elitista em tema de conversas na padaria, bares, com um alcance muito grande e jamais imaginado. Acho que ajudei a transforma a imagem do tenista em uma pessoa comum", explicou Guga.

Ao fazer um breve balanço de sua carreira, o catarinense lembrou várias vezes da importância do papel de seu pai, Aldo Kuerten, a quem dedicou a nomeação ao Hall da Fama. "Meu pai era muito sonhador. Em Florianópolis, quando eu comecei a jogar, havia no máximo umas cinco quadras. Mas ainda assim meu pai achava que era importante fazer um trabalho de massificação e levou o Thomaz Koch para dar uma clínica lá. Isso foi muito importante para a minha carreira", relembrou.

Consciente de seu papel para o tênis mundial, Gustavo Kuerten admite que o segredo de seu sucesso possa ter sido a própria forma com a qual ele encara a vida. "Sempre procurei deixar a coisa rolar naturalmente, não ficava me preocupando demais sobre qual seria o passo seguinte", disse Guga, que logo que começou a jogar, tinha sonhos bem mais modestos do que chegar a ser número um do mundo. "Na primeira vez em que viajei para os EUA, o que eu queria mesmo era comprar uma camiseta do Andre Agassi. Jamais imaginei que anos depois estaria jogando contra ele, decidindo títulos", comentou o ex-tenista.

Por sinal, o americano foi considerado pelo próprio Guga como o maior adversário que teve ao longo de sua carreira. "O Agassi foi o cara mais duro que enfrentei, muito por causa dos momentos que cada um de nós teve durante todos estes anos. Em determinadas vezes, ele estava muito bem, em outras eu é que estava melhor. Contra o Agassi, pude testar os meus limites", relembrou.

O torneio mais especial para Guga, como não poderia deixar de ser, foi a Masters Cup de 2000, quando o brasileiro bateu Agassi na decisão e tornou-se número um do mundo. "Teve um sabor especial pelo fato de ter perdido o primeiro jogo e depois ter dado a volta por cima daquela forma que todos viram", afirmou. Mas o jogo inesquecível do brasileiro, ao contrário do que podem imaginar, não foi nenhuma das finais de Roland Garros.

"O jogo contra o Mark Russel foi muito especial", disse Guga, referindo-se ao duelo contra o rival americano, pelas oitavas de final de Roland Garros de 2001, quando ele precisou salvar um match point para conseguir virar a partida. "Nunca senti tanta emoção dentro da quadra como naquela partida", disse.


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