Quem é Jaime Oncins?





Jaime Oncins

Irmão do também tenista Eduardo Oncins, Jaime é considerado um dos principais tenistas da história do Brasil antes do surgimento do fenômeno Gustavo Kuerten. Esteve presente na campanha do Brasil na Copa Davis de 1992.

Jaiminho, como é carinhosamente chamado pelos brasileiros, alcançou o auge de sua carreira tenística em 1993, quando chegou a ocupar o 34º lugar no ranking mundial, até então uma das melhores posições alcançadas por um brasileiro.

Nascido em uma família de tenistas, Jaiminho teve uma carreira juvenil de sucesso. Desde cedo seguiu os passos de seus dois irmãos mais velhos, Eduardo e Alexandre. Eduardo era tido como a grande promessa da família, afinal, chegou a vencer o Banana Bowl em 1981, e Alexandre foi diversas vezes campeão brasileiro. Mas foi o mais novo de todos, Jaime, quem levou o nome da família Oncins mais longe no mundo do tênis.

Otaviano Alves dos Santos foi seu primeiro técnico. Encantado com o talento do pequeno garoto de apenas 4 anos de idade, Otaviano investiu no treinamento de Jaime desde muito cedo. E olha que não era fácil – Jaiminho sofria com crises asmáticas que o acompanharam durante toda a sua carreira.

Em 1990 integrou pela primeira vez a equipe brasileira da Copa Davis. Jaiminho, porém, era apenas o quinto jogador,  ou seja, o máximo que fez foi bater bola com os jogadores titulares. Mas, nasceu ali a sua paixão por representar o Brasil em Copas Davis e, como não poderia deixar de ser, a paixão dos brasileiros por Jaime Oncins.

Oncins teve quatro grandes momentos em sua carreira enquanto jogador de simples. Conquistou os ATPs de Bolonha e Búzios, foi quadrifinalista nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 92 e, nesse mesmo ano, derrotou Ivan Lendl em Roland Garros.

Em 1993 atingiu o seu auge, chegando a ocupar o 34º lugar no ranking mundial. Jaime Oncins era tão talentoso que ninguém se surpreendeu com tal colocação. Porém, sua rápida ascensão foi seguida de uma mais rápida ainda descida no ranking.  O seu próprio emocional o derrotou. Jaiminho atingiu tal ranking sem se preocupar com pontos, apenas pensando em jogar o seu ótimo tênis. Porém, ao chegar lá Oncins se sentiu na obrigação de vencer tenistas com ranking inferior ao seu. No lugar de preocupar-se com treinamentos e jogos, Jaiminho quebrava a cabeça calculando pontos e imaginando futuros rankings. A pressão, que ele mesmo colocou em torno de si, foi um dos fatores que fizeram que sua carreira não mais decolasse.

Em 1994 terminou o ano em 233º lugar. Em 1995, conseguiu uma boa recuperação e chegou a ocupar a 120ª colocação. Porém, lesões o fizeram abandonar as quadras por quatro meses. Quando voltou a competir, já não tinha mais ranking para entrar nas chaves de simples dos grandes torneios e passou a jogar duplas – para felicidade de todos.

Jaiminho especializou-se em duplas e até hoje é lembrado como um dos maiores duplistas que o Brasil já contou. Seus excelentes resultados eram independentes de parceiros mostrando que, ele sim, era um grande jogador de duplas. Foram vários e bons jogadores que fizeram dupla com Jaiminho, entre eles os brasileiros Luiz Mattar, Cássio Motta e Fernando Meligeni, o equatoriano Andres Gomez,  e os argentinos Daniel Orsanic e Lucas Arnold. Mas foi ao lado de Gustavo Kuerten que formou sua melhor parceria – a dupla venceu nove dos 12 jogos que fez junto.

  • Venceu Ivan Lendl em Roland Garros em 1992.
  • Bateu Michael Chang nas Olimpíadas de Barcelona em 1992.
  • Fez parte da equipe brasileira que chegou à semifinal do Grupo Mundial da Copa Davis, batendo a Alemanha, de Boris Becker, e a Itália.



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