Torcedor precisa de pernas para curtir um Slam






A rotina de fã de tênis dentro de um evento de Grand Slam não é nada fácil. Devido ao grande número de ótimos jogadores, o torcedor tem que ficar esperto para não perder a oportunidade de ver seus ídolos em quadra.

Por AUS$ 40 - pouco menos de R$ 90 -, se compra o acesso ilimitado a todas as quadras do complexo, com excessão das duas maiores, as arenas Rod Laver e Hisense. A Margareth Court recebe jogos de tenistas do top 10 que podem ser vistos por todo o público. Nela já jogaram David Ferrer, Alexandr Dolgopolov, Gael Monfils, Stanislas Wawrinka, Richard Gasquet e um interessante duelo envolvendo duas campeãs de Grand Slam: Petra Kvitova e Francesca Schiavone.

A quarta maior quadra do evento é a Show Court 2, lugar que recebeu o jogo mais longo até aqui, envolvendo Tommy Haas e Jarkko Niemmem, que acabou levando o público ao delírio. As demais quadras do complexo são pequenas e com arquibancadas adaptadas. Bastante semelhante com o que tem nos clubes do Brasil, apenas uma grade de 1,1m com tela separam os jogadores da torcida. Foi numa quadra dessas que Thomaz Bellucci foi eliminado na estreia. Tambem passaram por lá Gilles Simon, Marcel Granollers e o vice-campeão de São Paulo 2 Fillippo Volandri.

Estas quadras externas funcionam diferentemente das duas principais. Os assentos não são marcados e para assistir ao jogo é necessário que se tenha assentos disponíveis. Portanto, devido ao grande número de pessoas que entram no complexo, nem sempre é possível assistir a todos os jogos. Faz-se uma fila nos portões de acesso às quadras e a cada virada de lado dos jogadores, quando alguns torcedores se retiram da arquibancada, os lugares por eles deixados são novamente preenchidos. Sendo assim, o torcedor entra em uma quadra, assiste um pouco do jogo e depois troca de quadra. Dessa forma é possível acompanhar os grandes nomes do tênis mundial.

O torcedor de Grand Slam deve trazer consigo mochila contendo uma garrafa plástica de água, lanches leves, óculos escuros e principalmente boné e protetor solar. Quadra coberta aqui são só as duas maiores. O sol intenso obriga a torcida a se mover. É impossível assistir a um set inteiro sequer sentado em uma arquibancada aberta com sol a 32 graus. Existem banheiros públicos, bebedouros e lanchonetes espalhados por todo p parque, além de lojas climatizadas, brinquedos para crianças e ventiladores públicos que espalham gotículas de água fresca. A torcida se reveza o dia inteiro entre as arquibancadas e esses lugares.

Um interessante parâmetro para quem está à procura de jogos emocionantes é o barulho do público. É comum observar pessoas trocando de quadra devido ao incessante ruído da torcida naquela arquibancada vizinha.

As quadras de fora são mais animadas do que as duas principais, que têm uma atmosfera bem mais formal. O torcedor tem mais liberdade pra extravasar, e o som aumenta de acordo com a nacionalidade do atleta. Argentinos, croatas e australianos são mais barulhentos do que os demais. Já os espanhóis, ingleses e franceses são mais contidos, no entanto entram na brincadeira quando lhes é conveniente. Portanto também é curioso observar a preferência de torcedores locais para jogos de determinadas nacionalidades.

Enfim... Se você é fã de tênis, tem 12 horas por dia de entretenimento garantido. Disposição e bagagem são necessários para aguentar duas semanas nesta rotina!

creditoPor Leonardo Borges *




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